ESPIRITISMO E POLÍTICA – ANALOGIA OU UTOPIA
Quando
aceitamos a Doutrina Espírita, tomamos conhecimento que os verdadeiros
Espíritas são conhecidos pelo esforço que ele faz para modificar suas más
tendências. Que sem a caridade não há salvação. Que devemos amar ao próximo
como a nós mesmo. Não fazer ao próximo aquilo que não gostaríamos que fizessem
conosco.
Há
uma passagem no evangelho que Jesus diz: “...quando deres de comer a quem tem
fome, quando deres abrigo aqueles que se encontram ao relento, quando limpares
as chagas daquele que sofrem a dor da carne, quando deres de vestir aqueles que
sentem frio, aí sim , cada vez que estiverem fazendo isto a um dos mais
miseráveis de meus irmãos, a mim estarão fazendo...” São conceitos,
ensinamentos ou máximas que procuro tê-los como patamar da formação de um caráter. Passo isto aos meus companheiros
de Doutrina na Casa Espírita que dirijo passo aos colegas de trabalho, passo
isto na rua e, principalmente aos meus filhos. Não estou dizendo que sou
perfeito, estou dizendo que uso esses ensinamentos para tentar me melhorar.
Além
das atividades espíritas, resolvi ingressar na política que é a arte e ciência
de bem governar, de cuidar dos negócios públicos. É a habilidade no trato das
relações humanas. Ou pelo menos era o que deveria ser.
Pautado
na instrução dos Espíritos que nos afirmam que não devemos ser coniventes com
os erros do próximo, pois assim, estaremos sendo culpados destes mesmos erros,
é que fui, até como uma desculpa para minha consciência buscar através da
política uma forma de auxiliar as classes menos favorecidas.
Deparei consternado com pessoas totalmente descompromissadas com
o próximo, algumas até ultrapassando a fronteira da moral, se engendrando num
tear alucinante de vaidades, orgulhos e poder.
Alguns desprovidos de caráter, mudando sua posição, seu discurso ou sua
pseuda-ideologia por míseros trinta denários (valor e dinheiro que Judas
“vendeu” Jesus,) , e é o que fazem, vendem a oportunidade de fazer o bem ao
próximo por míseros 30 denários.
A hipocrisia toma conta da maioria daqueles que através de um
termo criado chamado “grupo político”
para dar uma idéia de força, de amizade, de pessoas com pensamentos afins. Manipulam,
corrompem se prostituem ideologicamente e moralmente por um espaço político que
com certeza lhes trarão benefícios financeiros e status.
Nós Espíritas, que temos o conhecimento das Leis Morais, não
podemos ficar de braços cruzados. Não podemos fazer da caridade uma muleta
assistencialista, onde através de cestas básicas e doação de roupas camuflamos
nossas consciências endividadas com as Leis Divinas.
A política faz parte do contesto de ajuda ao próximo. Temos
que nos politizar, participar dos grupos políticos de nossas ruas, de nossos
bairros, de nossos municípios, estados e porque não de nosso piais. Vamos levar
a esses grupos o que a espiritualidade que trabalha em nome de Jesus nos
ensina. Vamos praticar a moral, a caridade, a benevolência, a indulgência. Vamos
lutar pelos menos favorecidos. Vamos mostrar a essas pessoas equivocadas que
existem outras com pensamentos Cristãos e que lutarão por uma mudança.
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