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domingo, 24 de março de 2013





ESPIRITISMO E POLÍTICA – ANALOGIA OU UTOPIA
 

Quando aceitamos a Doutrina Espírita, tomamos conhecimento que os verdadeiros Espíritas são conhecidos pelo esforço que ele faz para modificar suas más tendências. Que sem a caridade não há salvação. Que devemos amar ao próximo como a nós mesmo. Não fazer ao próximo aquilo que não gostaríamos que fizessem conosco.
Há uma passagem no evangelho que Jesus diz: “...quando deres de comer a quem tem fome, quando deres abrigo aqueles que se encontram ao relento, quando limpares as chagas daquele que sofrem a dor da carne, quando deres de vestir aqueles que sentem frio, aí sim , cada vez que estiverem fazendo isto a um dos mais miseráveis de meus irmãos, a mim estarão fazendo...” São conceitos, ensinamentos ou máximas que procuro tê-los como patamar da formação de um caráter. Passo isto aos meus companheiros de Doutrina na Casa Espírita que dirijo passo aos colegas de trabalho, passo isto na rua e, principalmente aos meus filhos. Não estou dizendo que sou perfeito, estou dizendo que uso esses ensinamentos para tentar me melhorar.
Além das atividades espíritas, resolvi ingressar na política que é a arte e ciência de bem governar, de cuidar dos negócios públicos. É a habilidade no trato das relações humanas. Ou pelo menos era o que deveria ser.
Pautado na instrução dos Espíritos que nos afirmam que não devemos ser coniventes com os erros do próximo, pois assim, estaremos sendo culpados destes mesmos erros, é que fui, até como uma desculpa para minha consciência buscar através da política uma forma de auxiliar as classes menos favorecidas.
        Deparei consternado com pessoas totalmente descompromissadas com o próximo, algumas até ultrapassando a fronteira da moral, se engendrando num tear alucinante de vaidades, orgulhos e poder.  Alguns desprovidos de caráter, mudando sua posição, seu discurso ou sua pseuda-ideologia por míseros trinta denários (valor e dinheiro que Judas “vendeu” Jesus,) , e é o que fazem, vendem a oportunidade de fazer o bem ao próximo por míseros 30 denários.
        A hipocrisia toma conta da maioria daqueles que através de um termo criado chamado “grupo político” para dar uma idéia de força, de amizade, de pessoas com pensamentos afins. Manipulam, corrompem se prostituem ideologicamente e moralmente por um espaço político que com certeza lhes trarão benefícios financeiros e status.
        Nós Espíritas, que temos o conhecimento das Leis Morais, não podemos ficar de braços cruzados. Não podemos fazer da caridade uma muleta assistencialista, onde através de cestas básicas e doação de roupas camuflamos nossas consciências endividadas com as Leis Divinas.
        A política faz parte do contesto de ajuda ao próximo. Temos que nos politizar, participar dos grupos políticos de nossas ruas, de nossos bairros, de nossos municípios, estados e porque não de nosso piais. Vamos levar a esses grupos o que a espiritualidade que trabalha em nome de Jesus nos ensina. Vamos praticar a moral, a caridade, a benevolência, a indulgência. Vamos lutar pelos menos favorecidos. Vamos mostrar a essas pessoas equivocadas que existem outras com pensamentos Cristãos e que lutarão por uma mudança.

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