Artigos por Antonio Carlos - ESCOLHA O MÊS DA PUBLICAÇÃO

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Invigilantes Irmãos de Caminhada

Escutamos muito falar que adentramos a uma Casa Espírita por duas razões; uma pelo amor, outra pela dor. Não podemos olvidar de mais outras tantas razões que fazem pessoas passar a freqüentar a Doutrina.
        Tenho deparado freqüentemente com pessoas curiosas, outras orgulhosas por demais que contestam tudo e a todos, não formam uma base sólida de argumentos contraditórios ao Espiritismo, ou a quem a ele se dedica com emprenho e boa vontade, mas mesmo assim contestam, criticam e ajuízam, fundamentados tão somente no achismo e num processo de alto-defesa de mentes, ainda enfermiças, que buscam no ataque aos seus irmãos, mecanismos interiores para camuflarem a falta de força de vontade para aprimorar-se ainda nesta existência, seu lado moral e intelectual.
        Infelizmente isso também se dá a irmãos que embora freqüentem já ha algum tempo um Centro Espírita, estudam, trabalham, participam, mas se mantém untados ao personalismo, ao egoísmo, preocupados somente com seu “eu”, a grande chaga da moral humana. Não há como nos modificarmos, modificarmos o ser humano se não desenvolvermos o altruísmo, e os Espíritas se quiserem realmente serem espíritas não podem fugir a esta regra.
        Jesus nos ensinou “Amai-vos e instrui-vos” . Amar por ser a condição da Lei. Instruir para termos condições de discernimento para avaliarmos e conduzirmos da melhor forma possível os momentos de alegrias e vicissitudes que a vida nos impõe. O Mestre também nos orientou “Orai e vigiai”. Orar, elo de ligação entre nós e a Divindade, momento impar entre a criatura e seu Criador. Vigiar, está atento a todas as armadilhas de nossas mentes ainda viciosas impulsionando a criatura ao erro e consequentemente a falência moral. Na maioria das vezes estes dois pequenos ensinamentos não são absorvidos pelos irmãos de caminhada que foge da responsabilidade ao primeiro sinal de desajustes físicos, psíquicos ou materiais com sigo ou com familiares. Deus é amor e não desampara aquele que com fé e resignação, abrindo mão do seu egoísmo, apascenta seu rebanho. Lembram-se do que disse Jesus a Pedro quando o perguntou, Pedro tu me amas? Ele respondeu “Tu sabes que eu te amo, Senhor”. Ele voltou a perguntar. Pedro tu me amas? Ele novamente respondeu “Tu sabes que eu te amo, Senhor” . E pela terceira vez Jesus perguntou. Pedro tu me amas? Ele, já aos prantos entendendo a lição do Cristo respondeu “Tu sabes que eu te amo, Senhor, ou quando chamou o mancebo rico conclamando-o a doar tudo o que tinha e segui-lo?. Jesus realmente queria aquilo mesmo ou era uma forma de conduzir-nos a fé e a esperança ao mostramos boa vontade em seguir seus ensinamentos? E só refletir.
        Entre os que também procuram uma Casa Espírita são os “desmanchadores”. São irmãos encarnados que ajudam os Espíritos inferiores a encerra-lhes as atividades, ou então, a estacionarem pelo tempo a fora. São esses os “desmanchadores”, encarnados, que colaboram por falta de compreensão dos deveres de fraternidade, preceituados no Evangelho, com os desencarnados, que organizados nos Espaço, assediam os núcleos espíritas de esclarecimento. “ORAI E VIGIAI”.  (vide Estudando a Mediunidade de Martins Peralva).
        A senda do desequilíbrio se abre, larga e sedutoramente, ao Espírita encarnado que entroniza, no altar do coração invigilante, a imponente figura de Sua Majestade O EGOISMO.

Nenhum comentário:

Postar um comentário